Nomes com origem ou ligação religiosas são os mais usados para registrar as pessoas no Ceará. A afirmação é baseada em uma pesquisa que fez um levantamento em aproximadamente 165 milhões de CPFs em todo o Brasil e apurou os 50 nomes mais utilizados no País. No nosso Estado "Maria " lidera o ranking, com mais de 1 milhão de registros. Em seguida vêm Francisco , com 500 mil, e José com quase 420 mil.
A pesquisa foi baseada em 3.582,872 registros de CPFs no Estado, de um total populacional de quase nove milhões de habitantes. O trabalho foi feito pela proScore, Bureau de Informação e Análise de Crédito.
Especialistas ouvidos pelo Diário do Nordeste Online indicam que os nomes usados pelos pais para registrar os filhos variam de acordo com a época vivida e com a devoção aos santos do catolicismo, por exemplo. No Ceará, com a forte devoção a São Francisco de Assis em Canindé e ao padre Cícero Romão Batista em Juazeiro do Norte, os nomes também acabam se propagando pelos cartórios.
"Escolha depende da época", diz professora
De acordo com a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC, Maria Neyára de Oliveira Araújo, a escolha dos nomes depende muito da época vivida. "É comum ver nas pessoas idosas nomes bíblicos. Já nos adultos, que nasceram na década de 1980 e 1990, nomes tidos da 'moda'. E, nas crianças de até 10 anos, por exemplo, notamos a reutilização dos nomes religiosos", informa.
Segundo Neyára, com o crescimento dos meios de comunicação e o acesso mais fácil da população as informações, os nomes de artistas e celebridades podem ser notados em boa parte dos jovens entre 18 a 24 anos, período que ingressam nas faculdades. "Nomes como Michael e Raísa são bastante comuns na lista de presença", diz.
"Igreja Católica exerce forte influência", afirma o professor Pinheiro
Para o doutor em História e secretário de Cultura do Ceará, professor Francisco José Pinheiro, há uma forte influência da Igreja Católica para a escolha dos nomes das pessoas no Ceará. "Dependendo da Região, nomes como Franscico e Cícero são muitos usados, devido a devoção do povo aos santos São Francisco de Assis e Padre Cícero", explica.
Com o advento das mídias, a partir dos anos 1980, ocorre um novo fenômeno para a escolha dos nomes baseado na moda, ou seja, as celebridades da televisão são tidas como referência para a escolha. "A televisão, com sua forte influência, dita o que é legal, até mesmo não sendo", comenta Pinheiro.
Do modo geral, na visão do professor, os pais se espalhem em três fatores para a escolha dos nomes de seus filhos: religiosidade, mídia e amor aos ídolos. "Quem é fã do Roberto Carlos, por exemplo, é provável homenageá-lo colocando o seu nome em seu filho", diz.
De acordo com a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFC, Maria Neyára de Oliveira Araújo, a escolha dos nomes depende muito da época vivida. "É comum ver nas pessoas idosas nomes bíblicos. Já nos adultos, que nasceram na década de 1980 e 1990, nomes tidos da 'moda'. E, nas crianças de até 10 anos, por exemplo, notamos a reutilização dos nomes religiosos", informa.
Segundo Neyára, com o crescimento dos meios de comunicação e o acesso mais fácil da população as informações, os nomes de artistas e celebridades podem ser notados em boa parte dos jovens entre 18 a 24 anos, período que ingressam nas faculdades. "Nomes como Michael e Raísa são bastante comuns na lista de presença", diz.
"Igreja Católica exerce forte influência", afirma o professor Pinheiro
Para o doutor em História e secretário de Cultura do Ceará, professor Francisco José Pinheiro, há uma forte influência da Igreja Católica para a escolha dos nomes das pessoas no Ceará. "Dependendo da Região, nomes como Franscico e Cícero são muitos usados, devido a devoção do povo aos santos São Francisco de Assis e Padre Cícero", explica.
Com o advento das mídias, a partir dos anos 1980, ocorre um novo fenômeno para a escolha dos nomes baseado na moda, ou seja, as celebridades da televisão são tidas como referência para a escolha. "A televisão, com sua forte influência, dita o que é legal, até mesmo não sendo", comenta Pinheiro.
Do modo geral, na visão do professor, os pais se espalhem em três fatores para a escolha dos nomes de seus filhos: religiosidade, mídia e amor aos ídolos. "Quem é fã do Roberto Carlos, por exemplo, é provável homenageá-lo colocando o seu nome em seu filho", diz.
Diário do Nordeste