A imagem passada pela atual geração política é de uma geração perdida. Envolvidas pelos ensinamentos pouco ortodoxos das gerações passadas de como se tratar a coisa pública, a mensagem que nos é passada por nossos atuais políticos, salvo raríssimas exceções, é, no mínimo, vergonhosa. São inúmeras denúncias e escândalos. São tantos milhares de Dólares e Reais nas cuecas, nas meias, nos bolsos, que o conceito de um porquinho como cofrinho que tínhamos deixou de existir. Em Alcântaras são as cassações e as diversas falcatruas.
Os vícios adquiridos pelos ensinamentos de como se auto proteger, de como levar vantagens em concessão de verbas, apoio político, licitações, entre outras coisas oferecidas pelo meio. A sedução exercida pelo poder é outra questão que deve ser levada em consideração quando se trata de avaliação da classe política. Uma vez sentido o gostinho do poder, não se mede esforços para, nele se agarrar com unhas e dentes e, assim se sujeitar a tudo e a todos, muitas vezes jogando no lixo todo e qualquer ideal que, por ventura, um dia vieram a ter, se é que um dia tiveram.
Batem no peito e se auto intitulam honestos. Ora, quem é honesto não fica propagando isso aos quatro ventos, pois seus atos falam por ele. Prometem o impossível. Mentem como ninguém. Aliás, mentir em se tratando de política, parece ser o primeiro mandamento. Vence quem consegue iludir e enganar o eleitor com maior eficiência.
Nossa classe política está envelhecendo e não vejo interesse em nossa juventude em tomar seu lugar de direito simplesmente por falta de interesse, ou então, por ter a política como esse mundo que descrevi acima.
Precisamos mudar isso. Alguns de nós, jovens, devemos estar pensando em como seria possível fazer isso. É simples: engajando-se desde de cedo na luta política do dia a dia. Podemos também nos questionarmos a respeito do que sabemos sobre política, esquecendo-nos que fazemos política todos os dias com nossos pais, irmãos, amigos, professores, sem no entanto, vendermos nossas almas ao diabo.
A política faz parte do cotidiano de todos nós. O que não devemos perder nunca, são nossos ideais e a ética. Levar a sério nossas lutas e anseios por um mundo melhor, mas para que isso ocorra um dia, precisam se engajar nesta luta de forma maciça de forma a não permitir que alguns espertalhões que surgem de tempos em tempos.
Nós jovens temos nas mãos um instrumento que nos foi dado, em um primeiro momento, com o intuito de aumentar o número de votos disponíveis. Uma jogada política, mas que se bem utilizada por nós podemos mudar o mundo, ao nos darem o direito de votarmos aos dezesseis anos. Reparem bem que nos concederam o direito de ajudar a escolher as pessoas que irão ditar os rumos de uma cidade, de um Estado e do País, mas não nos deram o mesmo direito para que, nesta boa idade, participarmos de um pleito eleitoral. Conseqüentemente, foi nos dado apenas o direito de mudarmos as coisas, se assim desejarmos, ficando para um segundo plano, a participação ativa no mundo da política. Pensando assim é até uma incoerência poder ditar os rumos de um país aos dezesseis, mas só ser plenamente capaz de responder por si, aos dezoito. Se a lei é assim, devemos, em um Estado de Direito Democrático, mesmo não a achando coerente, respeitá-la. No entanto, nós podemos fazer bom uso dela utilizando esse senso crítico, tão comum a juventude, para mudar os rumos pré – determinados por uma minoria. Mostremos nossa rebeldia, esse nosso desejo de mudar o mundo e nos engajar nesta luta.
Como seria interessante ver jovens, logo aos dezoito, vinte, vinte e três… lutando, ativamente por um cargo eletivo. Como seria super proveitoso ver jovens de dezoito, dezenove ou vinte e poucos anos, assumindo uma cadeira em um governo. Não seria o máximo? Então Juventude vamos abrir os olhos,vamos a luta!