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A possível retirada das portas giratórias das agências bancárias de bancos particulares no Brasil já começa a provocar reações contrárias no Ceará. Autoridades policiais e o Sindicato dos Bancários do Estado (SEEB) já se mostraram temerosos à medida. Bancos como Itaú Unibanco e Bradesco já confirmaram a retirada do item de segurança em São Paulo, onde há clientes constrangidos diante de dificuldades de acesso às agências após o travamento das portas.
A falta de itens de segurança nas agências bancárias, no geral, facilitou ações criminosas no Ceará, que ocasionaram 49 mortes em 2011. Somente neste ano, foram registrados 8 ataques a bancos, segundo dados do SEEB/CE.
De acordo com o presidente do SEEB, Carlos Eduardo Bezerra, ainda não há uma previsão para que a retirada ocorra no Estado, mas desde já o Sindicato considera tal medida um absurdo. “Não tem justificativa uma medida desta. Retirar um item de segurança é diminuir a proteção da vida dos clientes e funcionários”, diz o presidente.
Carlos Eduardo lembra que os últimos ataques a bancos em Fortaleza aconteceram em agências que não dispõem de portas giratórias. “Os assaltantes invadem a agência em plena manhã, quando há um número grande de clientes e funcionários. A falta de portas giratórias facilita a ação”, comenta.
Em entrevista ao Diário do Nordeste Online, o titular da Delegacia de Roubos de Furtos, delegado Romério Almeida, reforçou que os ataques a bancos são facilitados devido a falta das portas giratórias.
Há duas semanas, Uma agência bancária do Bradesco que não tinha porta giratória, localizada no Bairro de Fátima, foi assaltada.
Lei de obrigatoriedade
A instalação de portas giratórias nos bancos do Ceará é uma luta antiga do SEEB, afirma o presidente do órgão. Tramita na Câmara dos Deputados uma lei sobre a obrigatoriedade destes equipamentos de segurança. Segundo o códio de leis dos bancos, as portas não são itens obrigatórios.
Diário do Nordeste